Assim como encontramos pessoas que sofrem no mundo, podemos encontra-las representadas simbolicamente no zodíaco. Mas há poucos aspectos, na minha opinião, que gerem tanto sofrimento emocional como os aspectos desarmônicos (conjunção inclusive) entre Lua e Saturno.
Os signos regidos por esse luminar e por esse planeta estão em oposição na roda zodiacal. A Lua rege Câncer e a casa IV: fala da vida privada, de família, de lar, de mãe, de nutrição, de vida intima, de vida interior. Saturno rege Capricórnio e a Casa X: fala sobre vida profissional, carreira, vida pública, sobre aquilo que está mais exposto da gente, indica o ponto mais alto que queremos alcançar em nossas vidas, como queremos ser vistos e reconhecidos pelo mundo. A Lua fala de contenção, Saturno fala de estrutura. Saturno é frio e seco. A Lua é acolhedora.
O que geralmente acontece quando estes dois planetas se reúnem em desarmonia em um mapa é um sentimento de vazio emocional. Lua-Saturno geralmente acredita que é emocionalmente autônomo: não precisa de nada nem de ninguém. Pode fazer tudo sozinho. Esta postura, provavelmente, é resultado de uma mãe rígida na infância, que não dava muito espaço para o afeto e para os sentimentos. Então, demonstrar o que sentimos é um sinal de fraqueza: os sentimentos não são para serem sentidos, mas sim para serem administrados de maneira prática. E tudo o que a Lua não deveria ser é pratica. Com Saturno em quadratura, conjunção ou oposição, o nosso senso de nutrição familiar em idade precoce ficou comprometido: não fomos nutridos com o que precisávamos. Pessoas Lua-Saturno geralmente não foram amamentadas quando bebes: a mãe não tinha leite, a mãe não tinha tempo ou o leite da mãe não alimentava o bebe. Existe um "algo" de alimento para a alma que está ausente. Assim, Lua-Saturno pode crescer e se tornar um indivíduo obeso ou com sobrepeso: com medo de que lhe falta a comida, termina devorando tudo o que vê pela frente. No campo das relações afetivas, Lua-Saturno também pode acabar querendo "devorar" o outro, com medo de que o outro lhe falte. E justo seu medo de que o outro lhe falte pode gerar a perda do outro. Podemos encontrar também uma super compensação: um indivíduo que recebeu muito pouco, compensa dando muito, e acaba sufocando o outro.
Se existe algo que Lua-Saturno sente é medo - e culpa! Indivíduos Lua-Saturno geralmente tiveram mães presentes, inclusive poderiam ser mães muito presentes, mas o alimento da alma ainda faltava. Então, essas pessoas podem se proteger emocionalmente, não se deixar tocar, não deixar que cheguem ao seu coração, com medo de se tornarem vulneráveis, enfraquecidos e, em ultima instância, por medo de contar com algo que sabe, que intui que vai perder em algum momento (o outro). Lua-Saturno não aprendeu a ter: aprendeu a não ter, e conta com a falta.
O que acontece é que essa excessiva proteção nos vínculos não costumam protegê-lo do sofrimento, da solidão, da tristeza. Há um vazio que não enche nunca, há algo que nunca chega, que fica pendente. Geralmente, esse algo que se busca nos outros atuais não se refere a pessoa em questão, mas a um outro anterior, muito mais antigo, um outro da primeira infância, que funcionou como pai ou mãe (geralmente mãe) para o indivíduo. Assim, naturalmente, o vazio não é preenchido nunca: o que se está procurando não é o outro atual que tem pra dar ou que tem que dar. É aquele outro primeiro, do passado. E quem convive com pessoas com este aspecto pode ficar com a sensação de que é impossível agradá-la, faze-la feliz, que nada é suficiente, nada as preenche. Realmente é assim, mas isso não é culpa nem do dono do aspecto nem do outro que convive com ele. O nativo não quer se sentir assim nem fazer os outros se sentirem assim. O que foi perdido está em outros do passado, na memória de Lua-Saturno, mas continua se fazendo presente, se representando repetidas vezes, e sendo projetados em outras pessoas.
Falando de passado e de memória, memória é algo que Lua-Saturno tem muita, mas para as coisas ruins. Lua-Saturno em aspecto desarmônico vai lembrar em detalhes de tudo o que você não fez, não lhe deu, de todos os momentos em você faltou. Há uma lente de aumento sobre o mal que lhe fizeram e nenhum destaque para as coisas boas que recebeu. O bom sempre foi menor e é ofuscado pelo que fizeram de errado com o nativo, por aquilo que deixaram de dar a ele.
Lua-Saturno não tem que ser assim o resto da vida. Mas se o aspecto não for trabalhado conscientemente, não será vivido em outro nível. Sem trabalho duro (Saturno), a situação não é resolvida. Lua-Saturno pode aprender a interagir com outras pessoas de forma diferente com o tempo (Saturno), pode se sentir mais seguro nas relações que o acompanham de longa data, pode aprender (Saturno) com o passado (Lua) para construir outra coisa em seu presente e em seu futuro. Não há necessidade de carregar essa história nas costas, seja boa ou ruim, por toda a vida. Mas Saturno sempre envolve querer trabalhar duro, ser dedicado, e enfrentar os próprios medos.
E muitas vezes a única maneira de confrontar nossos medos é nos expormos a eles. Portanto, o caminho mais rápido e curto para superar os medos de se vincular, ser machucado e ser abandonado é se expondo aos vínculos, a ser machucado e a ser abandonado. A verdade é que na vida não há garantias de que essas coisas não acontecerão. O que Lua-Saturno precisa aprender a fazer é dar tempo aos relacionamentos e as pessoas para se revelarem, sem tirar conclusões definitivas quando a primeira coisa não sai como esperado. É preciso deixar de buscar todo o tempo por evidências que lhes dêem razões para se manter emocionalmente fechados, para que continuem se protegendo. Se existe alguma coisa boa sobre Saturno é que ele sabe usar a experiência passada como referência para eventos futuros. Mas Lua-Saturno em desarmonia tem essa capacidade distorcida, o que joga contra o nativo: as únicas experiências do passado que usa como referência são as negativas. Não dá espaço à possibilidade de que o novo seja diferente, melhor. E quando dá lugar, exige tanto que não dá lugar ao menor erro, a nenhuma falha, ao equivoco, nem dá tempo para que o outro se acomode na relação, para que a relação chegue a seu lugar, para que as coisas se ajustem e se encaixem. Tem que dar certo desde o início e pra sempre.
Portanto, o que os indivíduos Lua-Saturno precisam aprender é a dar lugar a dúvida, ao medo, à queda, porque ao abrir espaço para o fracasso, também se abre espaço para o sucesso, e se começa a viver uma vida como a de todo e qualquer outro ser humano, com bons e maus momentos, mas uma vida inteira, plena, não uma vida pela metade.
¡Un lugar en donde el cielo de los astros se nos vuelve más comprensible! // Um lugar onde faremos com que o céu dos astros se torne mais compreensível pra gente!
domingo, 1 de maio de 2011
Luna-Saturno y el vacío que no se llena nunca
Así como hay personas sufrientes en el mundo las encontramos representadas simbólicamente en el zodiaco. Pero hay pocos aspectos, en mi opinión, que genere mas sufrimiento emocional, que un aspecto inarmónico (conjunción incluida) entre Luna y Saturno.
Los signos que rigen este luminar y este planeta están opuestos por naturaleza en la rueda zodiacal. La Luna rige Cáncer y la casa IV: habla de intimidad, familia, hogar, madre, nutrición, vida intima, vida interior. Saturno rige Capricornio y la Casa X: habla de vida profesional, carrera, vida publica, lo mas expuesto de uno, el punto máximo que deseamos alcanzar en nuestras vidas, como queremos ser vistos y reconocidos por el mundo. La Luna habla de contención, Saturno de estructura. Saturno es frío, seco. La Luna es acogedora.
Lo que pasa es que cuando estos dos planetas se reúnen en inarmonía en una carta suele haber una sensación de vacío emocional. La Luna-Saturno suele creerse autónoma emocionalmente: no necesita a nadie ni a nada. Lo puede todo sola. Esa postura deviene probablemente de una madre rígida en la infancia, que no le daba mucho lugar al afecto y a los sentimientos. Luego, demonstración de sentimientos es un reflejo de debilidad: los sentimientos no están para ser sentidos, sino para ser elaborados de manera practica. Y todo lo que la Luna no debería de ser es practica. Con Saturno en conjunción, cuadratura u oposición, nuestro sentido de nutrición familiar en la temprana edad queda comprometido: no nos nutrieron con aquello que necesitábamos. Individuos Luna-Saturno generalmente no tomaran la teta por mucho tiempo: la madre no tenia leche, no tenia tiempo o la leche no lo alimentaba. Hay un “qué” del alimento al alma que falta. Entonces, Luna-Saturno puede desarrollarse para ser un individuo obeso o con sobrepeso: por miedo a que le falte el alimento, devora todo lo que ve por adelante. En el campo de las relaciones emocionales, Luna-Saturno puede tambien terminar queriendo “devorar” al otro, por miedo a que el otro le falte. Podemos encontrar también una compensación: aquel individuo que justo porque recibió muy poco, da demasiado, y ahoga.
Si hay algo que Luna-Saturno siente es miedo - y culpa! Individuos con Luna-Saturno generalmente tuvieron madres que estaban presentes, incluso podían estar demasiado presentes, pero el alimento del alma, igualmente, les faltó. Luego, estos individuos pueden protegerse demasiado emocionalmente, no dejar que le toquen, que le lleguen al corazón, por miedo a vulnerabilizarse, a fragilizarse y, en ultima instancia, a contar con algo que sabe, intuye, le va a faltar en algun momento (el otro). Luna-Saturno no está acostumbrado a tener: está acostumbrado a no tener, y cuenta con la falta.
Pasa que ese exceso de protección en los vínculos no suele protegerlo de sufrir: sufre, se siente solo, triste. Hay un vacío que no se llena nunca, hay un algo del otro que nunca llega, que queda pendiente. Por lo general, ese algo que se busca del otro no se refiere al otro en quien se busca, sino a un otro muy anterior, mucho mas antiguo, a un otro de la primera infancia, al otro que funciono como padre o madre (generalmente madre) para el individuo. Así, es natural que el vacío no se llene nunca: lo que se está buscando no el otro actual que tiene para dar, tampoco que tiene que dar. A los que conviven con individuos con ese aspecto les puede quedar una sensación de que no hay nada que los agrade, nada que les sea suficiente, nada que les colme. No es culpa del individuo tampoco: él no quiere sentirse así ni hacer que el otro se sienta así. Lo que se perdió está en ese otro del pasado, en la memoria de Luna-Saturno, pero que sigue presente, actuando, representándose una y otra vez.
Hablando de pasado y memoria, memoria es algo que le sobra a Luna-Saturno: pero de las cosas malas. Luna-Saturno en aspecto inarmónico se va acordar en detalles de todo lo que no hiciste, no le diste, en todos los momentos que le faltaste. Hay unos lentes de aumento sobre lo malo y ningún destaque para lo bueno. Lo bueno es siempre menos y queda opacado ante lo malo que le hicieron y ante aquello que le dejaron de ofrecer.
Luna-Saturno no tiene que ser así de por vida, pero es un aspecto que hay que aprender a vivirlo en otro nivel. Sin un arduo trabajo (Saturno), el aspecto no se resuelve. Luna-Saturno puede aprender a relacionarse con las otras personas de otra manera con el tiempo (Saturno), puede sentirse más seguro en relaciones que le acompañan de larga data, puede aprender (Saturno) con su pasado (Luna) para construir otra cosa distinta en su presente y en su futuro. No hace falta llevar su historia, sea buena o mala, puesta por toda la vida. Pero con Saturno hay siempre que querer, que esforzarse, que dedicarse, que enfrentarse a los miedos.
Y muchas veces la única manera de enfrentar a los miedos es exponiéndose a ellos. Por lo tanto, la salida mas rápida y corta para la superación de los miedos a vincularse, a ser lastimado, a ser dejado es exponiéndose a vincularse, a ser lastimado y a ser dejado. En definitiva, no hay garantías en cuanto a eso en la vida. Lo que Luna-Saturno necesita aprender a hacer es darle tiempo al tiempo para que las relaciones y personas se revelen, sin sacar conclusiones definitivas en lo primero que no sale como lo esperado. No buscar todo el tiempo evidencias de que tiene razones y motivos para cerrarse emocionalmente, para protegerse. Si hay algo bueno de Saturno es que siempre usa la experiencia pasada como referencia para sucesos futuros. Pero en Luna-Saturno inarmónico, esa capacidad está distorsionada y juega en contra al nativo: solo las malas referencias del pasado cuentan como referencia. No se da lugar a la posibilidad de que lo nuevo sea distinto, sea mejor. Y si se da el lugar, se exige tanto que no se le permite el error, la falla, tampoco el tiempo para que el otro se acomode, para que la relación llegue a su lugar, para que las cosas se ajusten.
Por lo tanto, para estos individuos, es necesario dar lugar a la duda, al miedo, a la caída, porque al abrir espacio para el fracaso, se abre espacio también para el éxito, y se empieza a vivir la vida como todo y cualquier ser humano la vive: con cosas buenas y malas, pero la dejas de vivir a medias y empezas a vivirla plenamente.
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